Henry foi até a
cozinha. Colocou a chaleira no fogo com água. Abriu a despensa e escolheu um
chá leve que tivesse efeito calmante. Encontrou o chá de erva-doce. Preparou
uma xícara colocando um saquinho dentro. Pegou o pão de forma e colocou na
torradeira. Henry gostava de dormir com estômago cheio.
Abriu a geladeira e
pegou a manteiga. A chaleira fez um assovio leve, ele desligou o fogão pegou a
chaleira e despejou a água na xícara. Esperou um pouco, tirou o sachê e
acrescentou um pouco de mel, as torradas saltaram, ele colocou no prato, passou
uma camada de manteiga em cada torrada e foi para a varanda. O céu estava
estrelado, e um grilo tocava uma melodia no fundo.
Ele sentou na
cadeira e comeu calmamente as torradas, bebeu o chá e ficou observando o céu
estrelado no horizonte. Fazia tempo que ele não pensava nela. Que coisa curiosa
a memória, Como conseguimos nos lembrar de coisas aconteceram há muito tempo?
Se conheceram em uma
espécie de bistrô no leste Europeu em Budapeste. Henry estava com alguns amigos
em viagem. Depois de muitas conversas, seu olhar repousou sobre uma garota
graciosa. Era uma garota ruiva natural, nariz arrebitado e ar jovial. Ela
estava com amigas. Ela se movimentava como o cisne branco da peça O Lago dos
Cisnes de Tchaikovsky.
Henry pediu licença aos
amigos e foi falar com ela. Descobriu que seu nome era Mia. Henry apresentou as
amigas de Mia para seus companheiros de viagem. O garçom juntou as mesas e o
papo se estendeu até bem tarde da noite. Mais tarde os dois resolveram dar uma
volta pela cidade. Caminharam até a beira do lago que dava de frente a um
enorme palácio do parlamento que por causa das luzes tinha um aspecto dourado.
– Uau, que belo. –
Exclamou Henry. Estava frio, Mia encostou nos ombros de Henry, os dois haviam
sentido a mesma atração. Os dois amaram a noite toda sob o testemunho das
estrelas e da lua.
Na tarde seguinte,
Henry e Mia saíram pelas ruas de Budapeste. Era dia de feira. Várias barracas
espalhadas pela praça. Henry caminhava ao lado de Mia. Uma senhora ofereceu ao
casal um cacho de uvas.
Mia sentou debaixo
de uma árvore, Henry deitou em seu colo. No horizonte um lago cristalino, ela
tirou da sacola o cacho de uvas e ia colocando uvas na boca de Henry.
-
Te amo muito Mia – Disse Henry.
- Também
te amo Henry. – Ela diz dando um beijo longo e apaixonado.
-
Eu nunca irei deixar de pensar em você meu amor. Estará sempre eternizada em
minha memória. – Henry disse dando mordidas no queixo de Mia.
-
Promete que nunca me esquecerá?
-
Prometo e Afrodite deusa do amor é testemunha.
Ela entregou um
pingente a Henry com um símbolo de infinito gravado nele. Ela contou que
simbolizava a memória. No outro mês Henry seguiu viagem deixando a sua garota
para trás. Ele sempre segurava o pingente e se lembrava dos melhores momentos que
passaram juntos.
Ele sabia que não
iria encontrar ela novamente. Talvez ela esteja casada, se passaram muito tempo
desde que se conheceram. Será que teve filhos?
-
Será que o marido a ama igual eu amei? – Pensava ele sempre.
Já estava ficando
tarde. Passava da meia-noite. Levantou da cadeira, entrou na casa e foi dormir.
Aquele momento com a Mia estava eternizado em sua memória.
Postado por Caio Geraldini
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.