Na minha frente um copo de mojito
pela metade. Levantei o dedo sinalizando para o garçom que queria mais um. O
bar tinha um ar caribenho, lembrava um bar famoso de Havana, pela primeira vez me
lembrei das aventuras na ilha de cuba. O rádio do bar tocava Rum and Coca-Cola um clássico de 1945. Tinha
uma turma de caras jogando uma partida de sinuca e rindo. Um grupo de mulheres
bebia Martíni comemorando alguma coisa. Jonas o dono do bar sentou na mesa
comigo.
- O que anda bebendo Henry? – Perguntou ele.
- Faz diferença? – Respondi.
- Hahaha assim que se fala. Ei Manuel. Me traz o que o meu
amigo Henry está tomando.
Manuel trouxe um copo de mojito
para Jonas. Brindamos e viramos o copo. Ele fez uma careta e pediu mais um. Também
sinalizei que queria outro. Ficamos bebendo e conversando fiado.
- Quer saber Henry. To cansado desse bar. Essa porra não me dá
dinheiro. Só tenho você como cliente fiel.
- Não é verdade Jonas. Faz um mês que não venho aqui. –
Falei.
- Tava bebendo em outra freguesia - Perguntou Jonas.
- Eu tava viajando. Um maluco me pagou para ir numa escola
dar uma palestra.
- E como foi?
- Bicho. Falei pra eles jogarem tudo para o ar e viverem
como quiserem.
- Serio que você falou isso? – Jonas me olhou espantado.
- Hahaha claro que não. O diretor era o dobro do meu
tamanho. Ainda preciso dormir com várias mulheres antes de morrer.
- Sabe Henry... Você é um bom rapaz. Sempre batalhou muito
para conseguir suas coisas.
- Hahaha nem sempre Jonas. Já passei muita fome.
- Por isso mesmo. Quem vem de baixo sabe dar valor as
coisas. Por isso quero te dar esse bar. Ele é seu. Faz o que quiser com ele.
- Acho que você está bêbado Jonas.
- Ah cara. Cansei dessa merda. Sabe quanto tempo estou sem
botar uma gota de álcool na garganta? Vai fazer dois anos. Fico observando essa
galera bebendo e eu aqui no meu escritório mexendo com contas, ligando para
fornecedor, vigiando funcionário para ver se ele não está passando a perna nas
gorjetas. Quero viver a vida, viajar. Comer garotas. Tudo o que você faz.
- Não sei o que dizer – Respondi honestamente.
- Faz o seguinte, cuida do bar essa noite e amanhã você me
fala. Só não esquece de fechar tudo quando sair. – Ele falou isso e se levantou,
me deixando sozinho.
- Ae galera – Falei levantando da cadeira. – Bebida por conta
da casa.
Sentei novamente na cadeira e
voltei a tomar meu drinque. Passou alguns minutos uma loira espetacular e
peituda sentou do meu lado.
- Você é o Henry? – Ela perguntou.
- Sim. O próprio.
- Nossa adoro ler seus contos – ela disse.
- Obrigado.
- As histórias são reais?
- Claro. Nunca minto.
- Uau. Então você é capaz de levar as mulheres em uma viagem
inesquecível na cama?
- Bem... Só há um jeito de descobrir.
Começamos a beber. Ela era uma
garota bonita. Tinha as pernas bronzeadas e uma coxa forte. Segurei firme a
coxa dela enquanto beijava sua deliciosa boca. Ela movimentava a sua língua com
intensidade. Ela colocou a sua mão dentro da minha calça.
Fomos para um quartinho que o
Jonas usava para guardar o estoque. Fizemos sexo em cima de uma cama velha. Ela
gemia alto.
- Uau que noite – Disse ela ofegante e suada. – Quando a
gente vai se ver novamente?
- Faz o seguinte anota meu número e a gente se encontra
depois na minha casa. O que acha?
- Perfeito – Disse ela dando um beijo na minha boca.
Olhei no relógio, já era perto
de meia-noite. Ela me passou o número do telefone e saiu sozinha pela rua
escura. Apareci no bar e estava tudo destruído, as cadeiras e as mesas estavam viradas,
bebida espalhada no chão. Um homem deitado em cima da mesa de biliar. Espantei
o restante dos bêbados, coloquei as cadeiras no lugar, limpei o chão fechei o
bar, coloquei a chave debaixo do vaso de plantas e fui para casa dormir.
Postado por Caio Geraldini
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