quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Passeio de Barco

Em uma praça da cidade grande. Alex estava ajoelhado em frente um chafariz com um barquinho de papel nas mãos. As crianças em volta brincavam de pique pega. Ainda estava fresco, era começo da manhã. Alex colocou o barquinho na água com todo cuidado. Ele mesmo tinha feito o barquinho. O barquinho se equilibrou na água. Alex abriu um sorriso.
- Eba, funcionou. – Ele falou baixo.
O barquinho de papel flutuava na água. Os olhos de Alex fitavam alegre o barco navegando. Ele lembrou-se da primeira vez que ele e seu avô saíram para dar um passeio de barco no sítio.
Acordaram antes do galo cantar. Ainda estava escuro. Sua avó já estava preparando o café dos homens. Ela tinha feito café e biscoito de queijo. Alex sentou na cadeira e ela colocou um copo de leite com achocolatado e açúcar na sua frente. Ele bebeu tudo de uma vez, ele tinha aquele sorriso doce e alegre e olhos verdes vivos e uma risada gostosa. Seu avô fazia caretas e Alex ria.
- Para com isso Luís, ele vai acabar se engasgando. – A avó repreendeu o avô.
- Vou engasgar não. Já sou um homem crescido – Alex abriu um sorriso com um bigode de leite no rosto.
- É, já é tão homenzinho que até bigode tem. – Disse a avó enquanto limpava a boca do neto com um pano branco.
Alex e seu avô desceram para o lago. O avô levava uma sacola com alguns sanduíches, protetor solar e repelente. Alex ia atrás com uma mochila com o restante das coisas. O barco estava na borda do lago preso em uma corda. O Avô de Alex puxou a corda fazendo o barco se aproximar. Colocou as coisas dentro do barco, levantou o Alex e colocou lá dentro. Alex rapidamente vestiu o colete salva vidas. Luís retirou a corda e deu um impulso para o barco sair do barranco subindo em seguida. Ele ligou o motor.
O lago estava calmo, Alex estava apoiado olhando para baixo vendo os peixes passarem, ele olhou para frente e viu uma garça branca fazendo um rasante e capturando um peixe. Alex sentiu uma alegria e um frio na barriga, nunca tinha visto algo assim acontecer ao vivo.
- Vovô, vovô o senhor viu aquilo? – Alex apontava para o lugar onde a garça tinha capturado o peixe.
- Aquilo o que querido?
- Aquela garça acabou de pegar um peixe.
- Ah sim, ela se alimenta de peixes.
- Mas a garça não molha?
- A garça é esperta. Ela sabe que ela pode se molhar, então apenas pega os peixes da superfície. Ela pega só aqueles peixes que não são espertos. Seja sempre esperto.
- Ah entendi.
Alex acompanhou a garça levantando voo e entrando no meio da floresta. Ele havia aprendido vendo um documentário na escola que as garças para se proteger dos animais maiores, sempre fazem ninhos nas árvores mais altas.
O avô desligou o motor, tirou da sacola dois sanduíches. Eles já estavam com fome. Alex deu uma mordida no sanduíche de pão francês com presunto e queijo. Seu avô então explicou sobre a vida.  
- Querido Alex. Pense sempre primeiro nos outros e depois em você. Veja aquele pássaro – Disse ele apontando para o céu. - Você pode pensar que ele capturou um peixe para satisfazer sua própria fome. Mas é uma fêmea e ela está levando esse lindo peixe para alimentar seus filhotes. A natureza é sábia. Respeite ela, e ela vai te respeitar.
Alex continuou comendo enquanto olhava para a paisagem. Os peixes em volta do barco esperando cair alguma migalha. Os pássaros cantavam nas árvores. Ele gostava muito do avô, era um homem sábio e esperto.
- Está na hora de voltar. Está perto do almoço - O avô de Alex limpou as mãos com um pano, jogando as migalhas no lago.
- O que será que ela fez para o almoço – Perguntou Alex.
- Ela me contou que vai fazer lasanha.
- Adoro a lasanha da vovó.
- Eu também meu pequeno Alex.
Alex limpou a boca com um guardanapo, bebeu um pouco de água, o avô voltou a ligar o motor.
- A volta é sempre mais rápida que a ida – comentou o avô – Um ditado diz: Na volta todo santo ajuda.
Alex sentia o vento bater em seu cabelo loiro, era uma sensação ótima, ele se sentia bem. O barco chegou na superfície e os dois desceram.
O barquinho de papel navegava pela fonte. Alex tinha um sorriso no rosto. O barquinho chegou perto do jato de água, se encheu de água e afundou. Alex se levantou e voltou para perto da sua mãe. Sua mãe conversava com uma senhora.

Postado por Caio Geraldini


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