segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Ressaca

Acordei em um quarto. Estava só de cueca. Do meu lado uma garota desconhecida desmaiada na cama apenas de calcinha. Minha cabeça doía e meu estômago estava embrulhado. Não fazia ideia de onde estava. Fiquei sentado na cama, ascendi um cigarro e fiquei olhando as paredes amarelas.
- Onde eu estou? – Exclamei. A garota continuava apagada.
- Devo ter tido a melhor noite do ano e não me lembro de porra nenhuma. 
Tonto e nauseado levantei da cama. Coloquei a calça e fui em direção à porta do quarto. Percebi que estava em uma espécie de dormitório universitário. Caminhei pelo corredor, estava uma bagunça. Aos poucos fui me lembrando da noite anterior.
Depois que o meu pagamento saiu, fui com meus amigos em um bar.
- Rodada de bebidas por minha conta - Exclamei feliz como se tivesse acabado de ganhar na Mega Sena.
As bebidas continuavam chegando. Meu amigo estava tentando equilibrar o copo no nariz, mas única coisa que ele conseguiu fazer foi derramar pinga em todos nós. Um grupo de garotas se aproximara da nossa mesa. Uma das garotas sugeriu que a gente fosse no campus fazer uma saideira. Concordei já bêbado.
Já no quarto das meninas, bebemos ainda mais. Eu e a minha garota fizemos amor. A amiga trouxe uma garrafa de Tequila. Disse ela que pegou no quarto do supervisor e gostaria de fazer um brinde ao fim de um namoro problemático. Bebi um trago e simplesmente apaguei.
Voltei para o quarto onde eu estava. A garota tinha acordado. Estava toda descabelada e a maquiagem borrada.
- Quem é você? – Perguntou confusa.
- Sou o Henrique. Parece que a gente se pegou noite passada. – Sorri com o canto da boca.
- O que? Sou uma garota de família, sou virgem.
- Hahaha eu aposto mil contos que não é não. O que a gente fez ontem até o diabo duvida. – Respondi de forma cafajeste.
- É proibido a entrada de garotos no dormitório feminino. Sai daqui seu pervertido filho da mãe. - Ela gritou e começou a jogar o sapato em mim.
- Garota, você ficou maluca? Você que veio para cima de mim ontem à noite. – Gritei desviando dos objetos.
- Socorro, alguém chama a polícia. Um invasor. – Gritou ela jogando livros, latas de cerveja em mim. Fugi correndo só de calça e descalço. Alcancei a rua. Minha cabeça doía por causa da ressaca.
– Droga, já amanheceu. Estou atrasado para o trabalho.

Postado por Caio Geraldini
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