sábado, 8 de outubro de 2016

Bela Manhã

Meu dia começa normal como de qualquer outro ser humano. Acordo as 6:00. Faço minhas flexões matinais. Vou até o banheiro tomo banho, escovo os dentes e coloco uma camiseta branca e um short verde.
Na cozinha preparo ovos mexidos. Como assistindo jornal matinal. A moça do tempo me chama a atenção. Era uma garota com seus trinta e poucos anos. Usava um terno discreto, o cabelo ruivo estava preso em um rabo de cavalo. Coloco um pouco de manteiga no pão francês. O repórter falava sobre ataques terroristas no oriente.
Resolvo dar uma caminhada no parque perto de casa. Abro a porta do elevador e encontro a vizinha uma senhora com a cara amarrada, testa com rugas e uma garota linda de 17 anos com uma mochila escolar. Não pareciam mãe e filha
– Bom dia – Digo abrindo um sorriso.
- Oi, tudo bem? - A garota sorri e passa a mão no cabelo.
- Tudo ótimo. Mais uma semana de aula mocinha?
- Pois é. Estudar é um saco mas preciso né.
- Entendo...
- Uau. Moro aqui há tanto tempo e nunca te vi. Qual seu nome? – A garota arregala o olho e morde o lábio.
- Hahaha pois é. Eu quase não fico em casa. Geralmente saio cedo e volto à noite. Meu nome é Henrique.
A mãe dela faz uma careta – É, esses jovens de hoje só sabe farrear, estudar que é bom nada. Minha filha quer passar para medicina, ela está estudando muito. Estuda nos melhores colégios.
- Puxa, que legal. Meus parabéns.
O elevador chega no térreo, abro a porta e as deixo passar. – Meu nome é Alexia – a garota sorri e pisca para mim. – Quem sabe a gente se vê outra vez.
- Prazer. Bom te ver. Boa aula.
A mãe puxa o braço da garota e elas entram em um carro branco. Coloco os fones de ouvido e começo a correr no parque. O clima estava agradável. A grama ainda estava úmida por causa do orvalho. O chão era de pedra portuguesa. Algumas senhoras passaram por mim, uma delas estava acompanhada do marido, um senhor careca com uma camiseta de campanha contra o câncer. A camiseta era dois números menores, ou ele engordou muito nos últimos meses. Abro um sorriso e aceno com a cabeça, eles retribuem o cumprimento.
O parque era mantido por uma associação de moradores da região. Era uma referência em termos de áreas verdes na cidade. No centro do parque ficava um lago com uma fonte no meio. Alguns patos nadavam em volta produzindo um som de vários trompetes desafinados. Mães e babás com bebês de poucos meses nos carrinhos passeando aproveitando a luz da manhã.
Dei duas voltas. Olhei no relógio e ele já marcava 6:45. O tempo voa quando se está aproveitando a vida. Uma mulher na faixa de 24 anos estava praticando yoga, ela usava uma calça rosa de moletom e uma camiseta da Minnie. Ela era muito bonita, devido aos exercícios que ela executava a mexa de cabelo castanho caía sobre os olhos e ela se atrapalhava. Ela quase caiu ao tentar fazer a posição da garça.
- Ei, tudo bem? – Falei com o corpo virado para a pista e só com a cabeça virada para ela.
- Oi – Ela sorri tentando se equilibrar em uma perna só. – O professor fala que é fácil fazer, mas tá difícil.
- Ah mas é só treinar. Você é persistente? – Falei encostando em seu ombro para ela manter o equilíbrio.
- Às vezes quando aquilo que procuro é interessante. – Percebo ela sorrindo e me analisando de cima para baixo.
- Vixi, coitado do seu namorado então. Ele tem que ser interessante sempre.
- Não tenho namorado.
- Não tem namorado? Que absurdo. – Finjo ficar surpreso.
- E você tem namorada?
- Terminei um relacionamento recentemente e to solteiro. – Falei encostando em uma barra de flexão.
- Nossa, por que terminou? Você parece tão interessante. – Ela sorria enrolando o cabelo.
- Era ciumenta, controladora. Sou uma espécie de espírito livre.
- Ah entendo, sabe... Gosto de homens assim. – Disse dando uma tapinha no meu peito.
- Eu tenho que ir para o trabalho as 8 horas. Dá tempo de irmos na minha casa tomar um café da manhã. O que acha? – Pisco e estendo a mão.
- Ok vamos, to morrendo de fome. – Ela pega na minha mão e vamos juntos.
Mal entramos no elevador já começamos a nos beijar, ela passava a mão em meu corpo e eu mordia seus lábios. O sexo foi no sofá mesmo, não deu tempo de chegar no quarto. Nada melhor que um sexo matinal para começar bem o dia.



Postado por Caio Geraldini

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