A
história que vou contar aconteceu em uma cidade do interior chamada Catalão.
João tinha 14 anos na época, era um garoto muito bonito, tinha corpo atlético, metido
a ser mulherengo. Dizia para os amigos que já tinha ficado com várias garotas. Neto
de Joaquim Carlos um poderoso e rico fazendeiro da região, produtor de café.
Bella
a prima do João foi passar as férias na casa dos avós. Ela era da cidade grande.
Filha da irmã de uma tia de Joaquim. Chegou na sexta-feira, iria passar o mês
todo.
João
e o avô foram na rodoviária buscá-la. Joaquim no caminho escutava A Voz do
Brasil. João estava com a cabeça longe olhando pela janela contando as árvores.
“O governador assinou um decreto
essa tarde que aumenta o salário de funcionários públicos em 5%. É a taxa mais
alta já registrada, sindicatos comemoram a vitória, agora ficamos com o giro de
notícias... Dólar fecha a 2,76...” – a rádio anunciava.
-
Quero que você se comporte com sua prima, é a primeira vez dela aqui na cidade.
-
Pode deixar. “Vou tratar ela muito bem. Ela
vai se sentir em casa. Ainda mais quando ela acordar com uma barata morta na
cama.” – Pensou João com um sorriso malcriado.
Chegaram
na rodoviária as 19:30. Joaquim caminhou até à banca e comprou um cigarro. João
ficou sentado em um banco em frente a um painel informativo dos ônibus ouvindo
música.
Um
alto-falante anunciou o ônibus 367. Joaquim sentou no banco. Passou alguns
minutos um ônibus de dois andares com vidro escuro parou. Dentro dele desceu um
monte de gente com cara de sono, alguns enjoados e outros com pressa falando no
telefone.
Então
desceu uma garota. Era a mais bonita naquele cenário caótico. Estava no oitavo
ano. Garota de cidade, mimada, sempre tinha as roupas da moda. Ainda tinha 14
anos mas já usava maquiagem. Seus seios eram fartos, cheirosa, exalava
sexualidade. Tinha cabelos loiros, olhos verdes claros e vivos e pele rosada. Ela
desceu com uma mala cor –de-rosa.
Foram para o carro, Bella contava sobre as
novidades da cidade grande e dos parentes. João do outro lado do banco já
estava planejando jogar um balão de água naquele cabelo perfeito.
Chegaram
em casa as 20:30 da noite. Ficou combinado que o jantar seria servido com todos.
O carro parou no portão da casa e deu uma leve buzinada. Amélia avó de João e
esposa de Joaquim que estava assistindo à novela. Ela escutou a buzinada e foi
esquentar a comida.
Bella
foi recebida com um beijo na bochecha. João correu para a mesa. Jantaram e os
menores foram para o quarto. Joaquim e Amélia continuaram assistindo a novela
das nove.
No
quarto João pensava na prima que chegou. Pensava ele que parentes eram feios e
nada atraentes. Ele não entendia quando escutava na escola que seu determinado parente
era bonito. Sempre rebatia com uma cara de nojo. Mas ela era diferente, algo
nela despertava um desejo nele.
Acordaram
cedo. Seu avô estava assistindo o jornal matutino enquanto tomava café. Lá
estava ela, Bella dizendo jus ao seu nome, pele clara, cabelos loiros e olhos
vivos. Ela exalava um cheiro doce no ar que deixou João entorpecido e não
conseguia se mexer direito.
-
Filho você está bem? Perguntava o avô vendo que ele estava ausente com um
pedaço de pão na boca.
-
Olha o que estou comendo. - Disse João tentando disfarçar mastigando de boca
aberta mostrando para Bella.
-
Que nojo menino. – Ela fez cara de nojo.
-
Tenha modos na mesa garoto. - Repreendeu a avó.
Depois
do café da manhã, saíram correndo para o quintal. O quintal era grande. Era cheio
de plantas e árvores. Havia uma roseira, um pé de goiaba com uma casa na árvore,
um pé de manga, pé de mamão e um amontoado de erva cidreira. Do lado um pequeno
lago com patos. Após brincarem muito de pique pega, pique esconde, nadar no
lago. Bella quis subir na casa da árvore mas João foi mais rápido e postou em
frente impedindo ela de subir.
-
Ei, deixa eu subir. – Protestou ela.
-
Nada disso, aqui é proibido garotas.
-
Quem decidiu isso? - Disse ela
-
Eu mesmo.
-
Pois o que você fala não importa. - Ela tenta passar mas João é maior e mais
forte e ele fica firme.
-
Deixa eu passar ou senão conto para sua avó.
-
Pode contar eu não me importo.
-
VÓÓÓÓÓÓÓÓÓ
-
Ta bom, pode subir.
Os
dois subiram na casa da árvore. Era um ambiente que exalava masculinidade. Tinha
desenhos pregados nas paredes, uma lupa e alguns insetos em potes.
-
Eu daria um excelente toque feminino aqui. Mudaria... – Bella começou a falar
mas logo foi repreendida por João.
-
Nada disso. Te deixei entrar, mas não deixei se meter nas minhas coisas.
-
Ai que garoto grosso. Por isso nunca pegou nenhuma garota.
-
Peguei sim. Já peguei mais de 100 garotas.
-
HA-HA duvido. Você não pega nem resfriado. – Bella provocou.
João
ficou vermelho de raiva, quase pensou em bater na prima distante. Uma brisa
fresca passou por eles, ele sentiu um perfume muito delicioso, um cheiro
feminino que fez ele ficar completamente bobo e excitado.
-
Que foi garoto?
-
Nada, vamos sair daqui.
-
To afim de ficar mais um pouco, o sol está quente. – Bella senta e cruza os
braços. - Ela sempre foi teimosa e sempre fez o que quis.
-
Também acho. - Garota teimosa. –
Pensou João
João sentou do lado dela. Aquele cheiro mexia
com ele. Despertava algo nele, sentia seus músculos contraírem. Ela então
encosta sua cabeça no ombro dele, de fato ela achou ele muito bonito, apesar de
ser do interior e parecer meio bobão. Ela sentiu a masculinidade dele aflorar.
Ele então olha para ela e se beijam. Começam de forma lenta, alguns selinhos
depois vão esquentando e se tornam algo bem intenso, até que fazem sexo lá
mesmo naquela casa da árvore.
Os
dois ainda estavam em silêncio juntinhos trocando caricias. O lugar ainda
cheirava a sexo. João passava a mão na perna de Bella e ela beijava o seu
pescoço.
Era
a primeira vez de João. Ele estava assustado mas conseguia passar uma pose de
segurança, afinal ele mesmo já afirmou várias vezes que já tinha feito isso
várias vezes. Já Bella estava completamente segura de si. Já tinha feito isso
uma vez na cidade grande com um colega de escola. Foi durante uma festa que um
professor de matemática tinha organizado em sua casa. Mas ela omitiu esse
detalhe para o primo.
Após
esse acontecimento juraram não contar a ninguém. Fizeram voto de silêncio e
seguiram brincando e se provocando.
Passou
duas semanas. Não aguentaram e novamente praticaram o ato no quarto de costura
da avó. Aquela noção de perigo de serem pegos excitava os dois.
Passou
um mês e as férias acabaram. Bella teve que voltar para a cidade grande. A
despedida foi algo muito triste, ambos choraram muito. Os adultos não entendiam
nada.
-
Como esses dois que não se gostam estão um com saudade do outro? - Joaquim
comentou com a Amélia
-
Vá entender esses jovens de hoje – Respondeu a Amélia.
Pouco
antes de partir João e Bella correram novamente para a casinha da árvore. Se
beijaram pela última vez. Antes do adeus final fizeram outra promessa de um
nunca esquecer do outro.
-
Tchau cabeça de melão. – Bella provocou João
-
Tchau cabelo de palha – João revidou fingindo raiva.
-
A gente se vê nas férias. Espero que até lá você aprenda alguns truques novos. -
Bella pisca e entra no carro.
Postado por Caio Geraldini
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